segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

BOA ALTURA PARA SE LOBRIGAREM AO LUAR!

Claro que toda a gente entende mal que a suposta entente de gestores (líderes!?), até por ser exígua, circule pelas chancelarias, empresas, política, maçonaria, Opus dei ou associações, satisfazendo os seus meros interesses pessoais ou de grupo. Às vezes voltam onde já estiveram. Movem-nos o prosperar da economia, a luta por ideais, o fervor religioso, os empreendimentos comunitários? Obviamente que assim não é! Ás vezes o tempo que aguentam em cada lugar é tão efémero, mesmo se o partido os empurrou para lá, que pouco farão e menos aprendem. Todavia, sopra-lhes apenas o vento do ser, raramente o do fazer. 
Por isso correm todas as sinecuras que têm nome (mesmo se a atividade dalgumas é fraca). Nunca se comprometem e menos ainda falam do que é suposto saberem. Dão às de Vila Diogo quando lhes surge a primeira dificuldade, o primeiro escolho. Por isso nem mulherengos são, mor das vezes consomem a líbido 
neste voltear de curtas ocupações. Às vezes chamam-lhes cultos porque falam de cultura, fruto de algum tacho ocupado onde tinham acesso aos jornais e tempo para os ler. Ou por via de correrem os restaurantes e as tascas.Como se os trabalhadores dum hospital fossem todos médicos e os dos museus todos museologistas! Noutras ocasiões empolam a estratégia (ou não fossem tão vastos os seus curricula na matéria), e, vezes sem conta, mergulham na ética, tantas vezes a evocam que o termo se lhes não cola. Há-os de todas as sensibilidades políticas. Mas mesmo a ilustrados de algum respeito passam-lhes no crivo. O ciclo da vida recomeça amanhã um novo caminho. É boa altura para se lobrigarem ao luar!  
Henrique Pinto
Dezembro 2013

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

MATARÁS SIM! ROUBARÁS SIM!

A Clara Ferreira Alves, numa sua crónica do Expresso, chega a dizer «volta Marx, estás perdoado!». Acho que é um desabafo de muitas pessoas que ousaram querer mudar o mundo, umas vezes em benefício de uns, doutras em benefício de alguns poucos. Todos leram cartilhas conforme os tempos.
Desde os tempos mais remotos que os textos bíblicos, invocando as Tábuas dos Mandamentos, têm moldado até hoje a ética e a moral com os princípios invocados, os Dez Mandamentos. Não matarás, não roubarás… Não é uma mera chinesice.
A Alemanha teve de alterar a sua Constituição (porque logrou maioria política para tal) de molde a permitir enviar tropas para um país estrangeiro. Portugal poderá alterar a sua, se necessário for, se existir maioria qualificada para o fazer. Mas não há.
Aqueles que preferiam ver o Tribunal Constitucional a não respeitar a Lei que nos rege são os que dão hossanas aos caminhos seguidos pelas autoridades para chegarmos a este beco estreito, como todos os dos policiais esconsos dos canais da Fox. São todos quantos glorificam a opção política, pejada de inexperiência e erro, que tornou pobre muita gente e pouca saída terá. Daí a tónica na Constituição. Mas eu vejo-os como se, renegando as Tábuas, ao abrirem a boca dissessem: matarás, sim! Roubarás, sim! Alteremos as Tábuas. 
Dezembro 2013
Henrique Pinto

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

A CAIXA DE FÓSFOROS, Conto de Maria da Graça

Um dia em Coimbra, já passaram quarenta anos, lemos um artigo do Mário Castrim; dizia ele - Um cinema não é uma caixa de fósforos! Lá está o Castrim e as suas Castrinices! Que ideia!
Fartámo-nos de rir, tínhamos os dentes quase todos e achámos muita graça. Eramos novos mas não envelhecemos assim tanto passado este tempo.
Lembro-me a primeira vez que vi cinema; foi em casa das Eduardas, devia ter cinco ou seis anos. Um dos irmãos tinha a mania das engenhocas e então tinha uma máquina de projetar que fazia barulho ao rodar o filme e que de vez em quando partia a fita, mas foi um deslumbramento ver o Bucha e Estica  e todo o movimento envolvido. Eu muito pequena, a sala de jantar parecia-me enorme.
Depois vi muita vez filmes; de verão no campo sala ampla com teto de estrelas e às vezes de chuva que nos obrigava a abrigar debaixo das árvores, mas ninguém desistia. 
Quando não tinha idade para entrar minha avó ficava comigo cá fora e eu e outros espreitando entre as árvores víamos o cinema com as legendas ao contrário. Tal era a vontade.
De inverno cinema no convento sala mais estreita em que o cinema escope ficava saído dos lados, noutro plano, ou então na garagem das camionetes da carreira.
Quando não tinha idade o Sr. Magano enfiava a mim e à filha na cabine de projeção, pois ele pelava-se para cumprir regras.
De qualquer modo havia os banco corridos à frente mais baratos, com os rapazes fazendo comentários ao filme e ao desempenho da máquina do Sr. Magano, que apesar de ser duma boa marca, mas na ausência de técnicos capazes e dos trompaços que levava  nas voltas à ilha, foi-se desgastando.
Cá atrás havia as cadeiras mais caras e onde era figura habitual o Dr. Pita sempre atento e de piada fina.
Quando estava no Colégio vimos em sessão especial para as meninas os Filmes Históricos no cinema Sporting da Horta.
Sem esquecer uma recomendação: quando a cena for de beijos, olhar para o chão.
Esses mesmos filmes agora fazem-nos chorar de tão importantes que foram, para a nossa idade.
Depois em Coimbra, sala agradável, cheia, forrada a madeira, e onde vimos tantos documentários do regime anterior, sem esquecer as habituais piadas de algum engraçado, que quebrava a tensão nas cenas mais chocantes ou de maior tensão nos filmes.
Mas havia o documentário que preparava a mente para o filme e muitas vezes era instrutivo ou libertador.
Sempre estes espaços me pareceram grandes.
Sem querer ser destrutiva nesta matéria até porque continuas a gostar muito de ir ao cinema o que é louvável, hoje digo-te: um cinema pode ser uma caixa de fósforos!
Salas labirínticas, escuras, enfiadas em centros comerciais, com som altíssimo, preto à volta, comendo pipocas, sem documentários, sem se perceber bem se o filme acabou. Tudo me parece pequeno nestas salas e só me apetecia ouvir o Dr. Pita - Boa música, bons cenários....
Maria da Graça
Natal 2013

(Um Conto de Natal para mim)

Fotos: Veneza, 1994; Hollywood, 1979; casa (2); Leiria 2002

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

MEMÓRIAS E ESPERANÇAS

O que as notícias nos trazem da Ucrânia é, sobretudo, um confronto de memórias e esperanças.
Por muito bem intencionadas que possam ser as propostas de Moscovo e do presidente ucraniano – e muitos são os que duvidam dessa candura –, as memórias do passado ainda vivo de «come e cala», a penúria, o silêncio dos espíritos num povo letrado, a opressão patriótica, o orgulho amordaçado, traços da esperança infundada do comunismo, são de molde a que se repudie toda a aproximação pretérita suspeita.

A União Europeia, porventura o espetro democrático mais amplo de sempre, com a abertura das terceiras vias do filósofo Anthony Giddens e a influência nefasta da desregulação neoliberal, e o seu ascenso como doutrina de poder, tem vindo a desiludir os europeístas mais convictos. O ressuscitar do papel histórico da 
Alemanha e a adesão à EU de muitos países seus interlocutores privilegiados, cujas lideranças se reveem na sua política, mais tem contribuído para a atomização europeia e o efluxo da importância das dívidas externas.
No entanto, para os ucranianos, mais forte que as consequências desta deriva, são as esperanças na democracia e num nível de vida melhor e mais tranquilo que a Europa lhes poderá prodigalizar.
Dezembro 2013
Henrique Pinto


TATUADOS

Há coisas muito curiosas. Levou tempo, infelizmente, a que em Portugal houvesse alguma queixa contra a prática médica. Todavia, hoje, infelizmente, contesta-se por tudo e por nada. Veja-se, a síndroma de morte súbita tanto pode ocorrer na sala de urgências dum hospital como num campo de futebol. Os seus mecanismos bioquímicos são ainda em grande parte desconhecidos. Mas o tratamento público é assaz diferente e em ambos os casos fruto da ignorância, que também não merece esclarecimento adequado. E deveria tê-lo.
Hoje tornou-se moda verem-se os jogadores de futebol super tatuados. Não há gato pingado que não use uma qualquer tatuagem no local mais ousado do biquíni ou do calção. E no entanto continua sendo uma prática de altíssimo risco – cujos resultados letais não são por regra publicados enquanto tal -, mas socialmente sancionada positivamente. Para o cidadão comum e a informação generalista parece só serem práticas de risco as eminentemente médicas, mesmo onde a experiência já deu sobejas provas de sucesso.
Dezembro 2013
Henrique Pinto

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

UM REGAÇO QUENTE

Tenho 64 anos vividos com satisfação. Só as tristezas comuns a todos os que amam os seus e os veem partir me têm incomodado. Mas vivi anos duros como todos os que cedo se deslumbraram com as blandícias duma democracia. Sempre escrevi. Atestam-no os nove livros e mais de três mil artigos. E, 
escriba do social, sempre toquei a política como o seu lado mais lúdico, às claras, sem alguma vez hipotecar a minha consciência. Mesmo se o situacionismo e os opostos coniventes me invejassem os passos e os procurassem tolher. Mas deixei de o fazer. Estou farto de falar de incompetência e de propósitos encobertos. Vou privilegiando as pessoas e a cultura no sentido amplo. Está tudo plasmado em Dias de Construção, aqui vertidos. É uma área onde desde os 18 anos produzi algo que se vê. Sem nunca ser manga de alpaca em qualquer estaleiro nem muleta coxa de partido algum. E sempre identifiquei estratégica e
claramente o futuro. Lembro-me de a vida estar difícil e todo o bicho careta (com exceções, claro está) rumar a Macau. Há sempre quem precise de caminho feito para trilhar. Fazê-lo dá trabalho. Já corri o mundo, certo, mas não para fugir, antes para o afrontar a favor de muitos. Talvez porque nunca me faltou um regaço quente para colher afagos. E continue a crer que todos os dias podemos ter Natal.
Henrique Pinto
Dezembro 2013

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

DE TODO INCOMUM

A coexistência pacífica dos opostos é um dos pressupostos de vivência democrática. A representatividade das ideias tanto quanto a participação dos cidadãos na regulação da sua vida em comunidade, são condições incontornáveis dessa vivência. A um certo nível da convivialidade democrática tais condições podem impor-se por consenso, fruto da tolerância e da boa educação. Noutros é desejável normalizarem-se condições para o estabelecimento de maiorias estáveis e de significada força na representação e no imperativo participar. Tal como na matemática, a média nem sempre é o melhor indicador duma boa distribuição.
Não é normal haver oposição formal no interior da grande maioria dos clubes rotários do mundo. O ingresso dos membros assenta por regra no consenso. Se é verdade que há muitos anos se usavam alguns procedimentos herdados dalguma influência maçon, transitória, como o secretismo nas bolas pretas e vermelhas aquando das admissões, tudo isso acabou. Hoje, até na América, onde ainda é chique ser maçon, impera a consensualidade do companheirismo aquando das votações. Eu sempre procedi assim em qualquer dos meus múltiplos empenhos. E não poucas vezes recuei com propostas até elas serem moldadas, compreendidas ou reformadas no sentido da aceitação geral. Porque há patamares da sociedade onde tal é absolutamente possível e desejável. O associativismo é um desses oceanos de representatividade e envolvimento.
Por isso entre os Rotários do mundo é de todo incomum haver duas ou mais listas que se digladiem.

Talvez porque a representatividade política em Portugal é o que é, uma variante do futebol, começou frouxa e já não é ocasional a tendência para os Rotários se confrontarem politicamente, dentro e fora dos clubes. Alguns dão mesmo o mau exemplo de o fazerem com exuberância, irredutíveis. Eu acho tal agir absolutamente deplorável à luz dos mais que proclamados imperativos do companheirismo e do Servir. 
Dezembro 2013
Henrique Pinto 

sábado, 7 de dezembro de 2013

DOIS ACONTECIMENTOS NOTÁVEIS

A minha vida está por demais preenchida de quinta a domingo. Sempre. Por isso só hoje me é permitido evocar dois acontecimentos relevantes que me tocam fundo.

1 A morte de Nelson Mandela

Chega sempre o nosso dia. Mas quando é o de alguém que foi particularmente importante para o mundo no que concerne à exaltação da liberdade e à consciência dela, ou à solidariedade entre as pessoas, de Mandela, Ghandi ou Teresa de Calcutá, nenhuma pessoa de bem fica indiferente. Com os nossos filhos e netos recordaremos sempre, sem esforço, o homem notável agora finado, Nelson Mandela. Disse a minha filha, tivemos o privilégio de nas nossas vidas termos tido alguém assim. Eu que o vi e ouvi de perto, como também Madre Teresa, sinto um redobrado orgulho nisso. O seu exemplo foi-me particularmente chegado e sentido. E di-lo-ei sempre.

2 A última aula de Mário Vieira de Carvalho



Professor da universidade nova – uma das quatro universidades em que fui estudante em áreas diversas – o sociólogo musical, meu amigo desde Coimbra, meu vizinho desde miúdo em Cascais, Mário Vieira de 
Carvalho, deu há dois dias a última aula, por limite de idade, e falou de Gil Vicente (o primeiro teatro de côrte do mundo) a Stockausen para uma multidão de devotos. Visitou o Orfeão de Leiria, a meu convite, 
enquanto secretário de Estado da cultura. Em 1974 cortei a barba para ficar «de ideias arejadas» num filme que fizemos para a RTP, dirigido por ele, com o CELUC, Coral dos Estudantes da Faculdade de Letras da universidade de Coimbra e Chico Buarque da Holanda.
Henrique Pinto
Dezembro 2013

DIAS DE CONSTRUÇÃO IV


Reprodução Assexuada (1)

O continuar do apoio do empreendedorismo empresarial, agora consubstanciado num Protocolo de interesse mútuo firmado com a NERLEI, 
através do nosso querido amigo Dr. Jorge Santos aqui presente, abre mais horizontes de esperança para a cultura. A cultura nunca foi autossuficiente nem de autorreprodução ou reprodução assexuada. Mas agigantou-se quase sempre em períodos de crise.
Os tempos mudaram radicalmente como o país. Mesmo tendo a região de Leiria uma tradição musical forte desde o final do século XIX como é possível que o atraso fosse tão profundo há trinta anos atrás? Sem vereações culturais dignas desse nome, com poucas infraestruturas formais, sem alguém que escrevesse uma linha nos jornais para além do professor Matias Crespo, do Dr. Francisco Santos ou do João Guerreiro.
É por tudo isto que há agradecimentos de pura gratidão que levarão uma vida a fazer.
Vós pudestes ouvir duas mensagens de grande profundidade e enlevo e que me tocaram de modo intenso, proferidas por dois ilustres governantes, um do passado, o Dr. Oliveira Martins, e outro do presente, o Dr. Jorge Barreto Xavier. Todas as palavras serão escassas para lhes demonstrar o meu reconhecimento.
Estou grato a todas as pessoas que desde menino me acompanharam, me ensinaram, aos meus professores primários Amável e Elizabete, e a todos os outros, aos amigões Sousa Ribeiro e João Ramos na Academia Coimbrã, às
primas Zúquete e à Teresa Galo na Liga dos Amigos do Hospital de Santo André, aos professores Ramos Lopes, J. Logan, Serafin Abajo Olea, Sampaio Faria e Arnaldo Sampaio nas minhas quatro universidades como estudante
à minha ministra Maria de Belém Roseira. Estou grato, e para me ater apenas ao OLCA, a todas as pessoas que desde Janeiro de 1983, me ampararam nos corpos sociais do Orfeão, bem como a todos os maestros e às direções artísticas e pedagógicas que se seguiram. Estou grato ao corpo de professores, técnicos e trabalhadores doutra natureza, e à sua estima quase omnipresente.


Os protagonistas (2)

Mas há pessoas incontornáveis nas nossas vidas.
Desde logo a minha família direta, que em muito contribuiu para que esta minha colaboração fosse viável, tranquila e estável. Bem hajam. Desde logo também todos os ministros e secretários de Estado da Cultura (todos nos visitaram) e os autarcas da região, de qualquer partido, meus amigos, pelo seu extraordinário apoio, fãs incontornáveis do OLCA, que reputo de 
marcantes para a sua história pregressa. Mas relevo o saudoso senhor Joaquim Marques Confraria, que rompeu com o passado autárquico a nosso favor na utilização da logística pública, e depois Victor Lourenço, na gestão amiga da Dra. Isabel Damasceno, com quem foi possível estabelecer um Contrato Programa Câmara-Orfeão, singular para Leiria e paradigmático para o país. Relevo também os amigos António Lucas – a Batalha tornou-se um polo musical tão importante como Bath, em Inglaterra -, e Narciso Mota, extraordinários.
Na praxis interna, o Dr. António Moreira de Figueiredo, que me antecedeu neste labor e me trouxe para esta casa, tem lugar cimeiro. Acompanhou-me a par e passo nos 18 anos seguintes enquanto amigo e presidente da Assembleia geral. Foi, como a esposa Maria Helena, alguém muito especial. Na direção, que chegou a ter onze elementos, três ultrapassaram de longe o imaginável, a ponto de poder dizer hoje, sem hesitações, sem eles jamais teria sido possível sairmos da baixa mediania em que antes se navegava, por maior que fosse o meu esforço.
O Engenheiro José Ferreira Neto, sempre disponível, sempre arguto, moderado e engenhoso, mormente a lidar com o coro tradicional (a alma da casa), quase sempre a remar em contrário. Ele e o «Quiné» foram os sustentáculos do Orfeão na década 1973-83 quando algum setor desfalecia. Foram-no depois também comigo como vice-presidentes. O «Quiné» dirigia o GTOL, Grupo de Teatro que criou no Orfeão com maestria. É em sentido filosófico, um pós-moderno precoce.
Depois, a D. Antonieta Brito, ao pegar o testemunho do seu sogro, Eduardo de Brito, o esteio do Orfeão nos anos 40 e 50. Foi desde sempre a mais importante e bem-sucedida das relações públicas do OL. Dirigiu como poucas vezes vi a outro nível o voluntariado na casa, responsável por muitos milhares de refeições e centenas de receções. Temos todos e teremos a sorte e o privilégio de a ter junto de nós por muito, muito tempo.

Muito especial (3)

E entre os colaboradores há também alguém que é único. A Gracinda Moniz entrou para o Orfeão uns meses antes de mim, pela mão do primo José Ferreira Neto, para ser a secretária (a única), entre outras funções, tudo junto e a meio tempo. Foi a pessoa que na minha gestão esteve em todos os programas, em todas as realizações, que apoiou lealmente todos os elencos diretivos, e que nunca reivindicou uma única hora extraordinária de trabalho dos milhares que, no seu ministério, terá dado ao OLCA até hoje.
Sem tais amigos não teríamos chegado onde chegámos. Sem eles eu não estaria aqui a ser preiteado pelo OLCA, por vós meus amigos, e, sobretudo, tão orgulhoso do que me foi possível fazer.
Caríssimas amigas, caríssimos amigos, companheiras e companheiros, muito obrigado pela vossa presença, pelo vosso trabalho, pela vossa dedicação e amizade, pela vossa tolerância.
Desejo-lhes pessoalmente o maior sucesso do mundo. Bem hajam.
Henrique Pinto
29 de Novembro de 2013
(Discurso no Jantar Homenagem)